Sobre o livo:
Madame Bovary, publicado pela primeira vez em 1856, ainda é uma história atual sobre desilusão, infidelidade e a busca da felicidade. Revolucionário em sua época, foi o primeiro romance a exprimir a extenuante busca de Gustave Flaubert pela perfeição.
Apresentação
Madame Bovary, publicado pela primeira vez em 1856, ainda é uma história atual sobre desilusão, infidelidade e a busca da felicidade. Revolucionário em sua época, foi o primeiro romance a exprimir a extenuante busca de Gustave Flaubert pela perfeição.
Reconhecido por autores como Henry James como "o romance perfeito", Madame Bovary é a obra fundamental de Gustave Flaubert (1821-80). Trata-se de um raridade, mesmo em um clássico, um exercício meticuloso de escrita que igualmente desafiava as estruturas literárias e as convenções sociais. Não à toa, a época de lançamento o impacto foi duplo: um sucesso de público e a reação feroz do governo francês, que levou o autor a julgamento sob a acusação de imoralidade.
Flaubert inventou um estilo totalmente novo e moderno, praticando uma escrita que, ao longo dos cinco anos que levou para terminar o livro, literalmente avançou palavra a palavra. Cada frase devia refletir o esforço em obtê-la, sendo reescrita e reescrita ad infinitum. Mestre do realismo, o autor documenta a paisagem e o cotidiano da segunda metade do século XIX, ironizando os romances sentimentais e folhetins, gêneros que considerava obsoletos.
A história faz um ataque à burguesia, desmoralizando-a com a descrição exuberante de sua banalidade. Em um tempo em que as mulheres eram submissas, Emma Bovary encontra nos tolos romances dos livros o antídoto para o tédio conjugal e inaugura uma galeria de famosas esposas adúlteras atormentadas na literatura.
Sobre o autor:
GUSTAVE FLAUBERT
Filho caçula de um médico provincial, nasceu na cidade de Rouen, na França, em 1821. Ainda menino, cheio de desprezo romântico pelo mundo burguês, declarou-se “enojado com a vida”. Aos dezoito anos, foi estudar direito em Paris, mas não lamentou quando, apenas três anos depois, uma doença nervosa lhe interrompeu a carreira. Flaubert passou a morar com a mãe viúva na casa da família em Croisset, à beira do rio Sena, perto de Rouen. Vivendo de renda, dedicou-se a escrever. Na obra inicial, particularmente A tentação de santo Antão, deu rédeas soltas à imaginação exuberante, mas, posteriormente, seguindo o conselho dos amigos, disciplinou esse entusiasmo romântico em um esforço para lograr objetividade artística e um estilo harmonioso de prosa. Seu perfeccionismo custava-lhe um trabalho árduo e só lhe valeu um sucesso limitado. Após a publicação de Madame Bovary em 1857, ele foi processado por ofender a moral pública; seu romance exótico Salambô (1862) foi criticado pelas incrustações de detalhes arqueológicos; A educação sentimental (1869), que devia ser a história moral de sua geração, foi muito mal interpretado pela crítica; e a peça política O candidato (1874) fracassou desastrosamente. Apenas Três contos (1877) teve um grande sucesso, mas foi publicado quando o espírito, a saúde e as finanças de Flaubert haviam chegado a seu ponto mais baixo. Após a sua morte em 1880, a fama e a reputação de Flaubert cresceram continuamente, reforçadas pela publicação de sua obra-prima cômica inacabada Bouvard e Pécuchet (1881) e pelos muitos volumes notáveis de sua correspondência.
Detalhes da edição:
autor: Gustave Flaubert
tradução: Mário Laranjeira
selo : Penguin-Companhia
páginas : 496
comprimento: 20,00 cm
largura : 13,00m
altura: 3 cm
peso : 0,470 kg
capa mole